domingo, 16 de outubro de 2016

Bohemia 14-Weiss


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 4,3% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja leve tipo weiss
Ingredientes: água, malte de trigo, malte de cevada, lúpulo, antioxidante INS 316.
Recipiente: garrafa (300 mL)
Vai bem com: "saladas, massas, frutos do mar e banana caramelizada."
Onde foi comprada: Carrefour da Rua Oratório, Santo André.
Preço: R$5,39

Minha opinião: a 14-Weiss é um rótulo novo da nossa velha conhecida Bohemia. Ao cair no copo, vemos o líquido bege e opaco. A espuma é branca e de boa duração. O aroma é gostoso, frutado e docinho. Dá para sentir claramente o cheiro de banana madura e algo que me lembrou maçã.

Ao bebê-la, notei que ela é menos espessa que as outras weiss que já tomei, e a carbonatação é mais baixa também. Aquelas notas frutadas e cítricas do aroma aparecem, mas bem discretamente. O retrogosto é bem discreto, não fica muito daquele azedinho das leveduras.

Por um lado, me pareceu uma cerveja meio sem graça. Por outro, tem ótima drinkability e pode ser bebida de monte num dia de calor. Tive a sensação de que ela cumpre muito bem a sua proposta de ser "refrescante e leve como os voos do 14-Bis".

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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Coruja Noctua Dark Edição WBeer


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 7,2% vol.
Descrição no rótulo: cerveja forte e escura tipo lager.
Ingredientes: água, malte de cevada, malte de trigo e lúpulos.
Recipiente: garrafa (500 mL)
Vai bem com: "carnes assadas e defumadas, queijos semiduros, charutos, chocolates amargos…"
Onde foi comprada: Coop Ribeirão Pires
Preço: R$19,90

Minha opinião: cerveja marrom escura e opaca. Forma espuma bege de média duração. Quando a coloquei no copo, estava bem gelada, então só predominou o amargo da torrefação. 

Após alguns minutos, quando a cerveja esquentou um pouco e já estava apenas fria e não gelada, ela se mostrou mais interessante. Ao agitar o copo, veio o aroma misto: predominantemente café bem torrado, amadeirado, um tantinho de toffee e algo de ameixa seca. O conjunto é atraente, até eu tomar um gole e sentir o álcool pronunciado se sobrepondo a tudo isso. A carbonatação é média/baixa. Isso somado à presença de malte de trigo lhe confere uma textura agradável. O retrogosto tem aquele amargo de quando a gente ferve a água do café misturado com o amargo agressivo do álcool, chegando a ser desagradável e encobrindo as notas do lúpulo. 

Esta é uma edição para o clube WBeer, com o diferencial de ser maturada usando lascas de carvalho que lhe conferem mais notas de madeira e possuir maior teor alcoólico (a edição tradicional possui 6,7% vol.).

A Noctua Dark é uma cerveja difícil de lidar: se estiver muito gelada, o álcool não atrapalha, mas as nuances de aroma e sabor também não aparecem. Quando esquenta um pouco, a complexidade aparece junto com os elementos desagradáveis. Não cheguei a experimentar a versão tradicional, mas aparentemente a versão WBeer trouxe, ao mesmo tempo, um elemento bom (as notas amadeiradas) e um ruim (mais álcool). Ela tem personalidade, mas lhe falta equilíbrio.

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domingo, 3 de julho de 2016

Baden Baden American IPA


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 6,4% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja puro malte forte com maracujá tipo American India Pale Ale.
Ingredientes: água, malte, suco concentrado de maracujá e lúpulo.
Recipiente: garrafa (600 mL)
Vai bem com: "hambúrguer, comida mexicana, como tacos e burritos, picanha ou entrecôte grelhado".
Onde foi comprada: Coop Ribeirão Pires
Preço: por volta de R$16,00

Minha opinião: cerveja acobreada, translúcida, de espuma clara e persistente. O aroma é simultaneamente herbal e cítrico. Na boca, vem aquele amargo característico das IPAs junto ao azedinho do maracujá. A alta carbonatação contém o amargor do lúpulo e do álcool, tornando o conjunto harmonioso e equilibrado. O retrogosto não se prolonga muito. 

A Baden Baden American IPA é uma cerveja de boa drinkability, ao contrário da maior parte das IPAs que já tomei (não que eu tenha uma grande base estatística para isso). Não tem grande complexidade em termos de camadas de sabores, mas acerta na mosca no equilíbrio. Com certeza comprarei novamente.

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terça-feira, 1 de setembro de 2015

Bohemia Caá-Yari

 
Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 6,5% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja forte com erva-mate de alta fermentação tipo belgian blonde ale
Ingredientes: água, malte de cevada, cereais não malteados, aveia, lúpulo e extrato de erva mate.
Recipiente: garrafa (300 ml)
Vai bem com: foi harmonizada com risoto de frango com shimeji e berinjelas refogadas com shoyu.
Onde foi comprada: Pão de Açúcar da rua Prof. Serafim Orlandi, São Paulo.
Preço: por volta de R$4,00

Minha opinião: líquido dourado escuro e translúcido, creme branco pouco persistente que deixa uma coroa nas bordas do copo. Aroma frutado, trazendo também um pouco de toffee e um leve traço de mate. O início do gole é leve, por causa da carbonatação, e adocicado. O lúpulo não dá muito as caras nem no aroma nem no sabor. Ao final, o álcool aparece com o mate um pouquinho mais presente. A aveia traz uma textura aveludada, completando o conjunto do início ao fim do gole.

Enquanto algumas cervejas são complexas o bastante para trazerem algo novo em cada faixa de temperatura, a Caá-Yari só é boa para ser bebida gelada. Quando esquenta e tem menor quantidade de gás carbônico, perde a leveza, além de o álcool aparecer logo no início já estragando a experiência.

A Bohemia está começando agora a fazer cervejas para o mercado gourmet. Ela ainda tem o que trabalhar nesses rótulos novos, mas este já é com certeza um bom começo.

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Schornstein Witbier



Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 5,0%
Descrição no rótulo: cerveja de trigo extra com laranja e coentro.
Ingredientes: água, trigo não maltado, malte pilsen, lúpulo e levedura.
Recipiente: garrafa (500 mL)
Vai bem com: saladas, peixes, frutos do mar e sobremesas.
Onde foi comprada: Verdureira da Raquel, Jaraguá do Sul
Preço: R$12,00

Minha opinião: cerveja cor de palha, opaca, com espuma branca e persistente. Tem aroma fresco, cítrico, com predominância de tangerina e uma pontinha de coentro. No gole, tem corpo leve com boa carbonatação, apresentando sabores bem suaves. No final, um leve azedinho de levedura que casa bem com a cerveja. No geral, achei uma cerveja relativamente simples (mais que a Hoegarden, que achei um pouco mais rica em sabor), refrescante, com boa drinkability, para beber de montão nos dias quentes porque não satura o paladar.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Leffe Radieuse


Procedência: Bélgica
Teor alcoólico: 8,2% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja forte escura sabor de laranja e coriander
Ingredientes: água, malte de cevada, cereais não mateados, lúpulo, cascas de laranja e coriander.
Recipiente: long neck (330 mL)
Vai bem com: carnes de caça, mais fortes e adocicadas.
Onde foi comprada: Angeloni Supermercados, Jaraguá do Sul.
Preço: R$9,85

Minha opinião: havia tempo que queria provar esta cerveja porque li e ouvi falar muito bem dela, mas dificilmente a encontrava em supermercados em São Paulo e, quando encontrava, custava mais do que estava disposta a pagar. Tive a felicidade de encontrá-la em Jaraguá do Sul, a um preço pagável (mas não compatível, como pode ser visto abaixo).

Ao colocar no copo, forma espuma bege e duradoura que desprende um aroma suave, com notas de caramelo e frutas vermelhas. Líquido translúcido, com cor entre o mogno e o âmbar. No paladar, as frutas — especialmente morango e framboesa — aparecem mais e o caramelo fica escondido. O coentro não deu as caras. Peca pelo álcool mal inserido, que se revela no final do gole com aquele amarguinho não muito agradável que mata o dulçor suave que predominava até então. Não parece que tem 8,2%, mas se bebesse sem olhar o rótulo arriscaria dizer que tem uns 6,5% a 7,0%.

Uma coisa que me decepciona em qualquer bebida é quando espero que seja rica em sabores e aromas e ela se revela toda logo de cara, sem camadas de sabor e sem me surpreender em nada. Gosto de cervejas que me mostrem algo novo a cada gole (leia sobre a Eisenbahn Weihnachts e a Wäls 42 para saber do que estou falando), e não foi o caso aqui. Não que seja uma cerveja ruim; apenas parece que não foi feita com a expertise que eu esperava de uma belga. Em minha opinião, se custasse uns R$5,00 estaria ótimo.

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terça-feira, 28 de abril de 2015

Bear Beer Wheat Beer



Procedência: Alemanha
Teor alcoólico: 5% vol.
Descrição no rótulo: Wheat Beer (Cerveja de Trigo)
Ingredientes: água, malte de trigo, malte de cevada, extrato de lúpulo, lúpulo, levedura.
Recipiente: lata (500 ml)
Vai bem com: saladas, peixes leves, carnes brancas.
Onde foi comprada: Pão de Açúcar da Rua Prof. Serafim Orlandi, São Paulo
Preço: R$ 9,99

Minha opinião: cor dourada, alaranjada e opaca. Aroma frutado, com algo de banana e cravo. Corpo médio, creme denso e persistente. No copo traz poucos sedimentos, menos do que o habitual em Weißbier de garrafa. O sabor traz as mesmas nuances do aroma, com final curto e levemente cítrico.

Links:
Bear Beer Wheat 5% - Harboe
brejas.com.br: Bear Beer Wheat Beer

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Wäls Verano

Clique para acessar a fonte da imagem.


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 5% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja Puro Malte Extra Clara
Ingredientes: água, malte e lúpulo.
Recipiente: garrafa (300 ml)
Vai bem com: carne assada, carne com chili, carpaccio, empanadas, frango assado e pizza calabresa.
Onde foi comprada: Pão de Açúcar da Rua Prof. Serafim Orlandi, São Paulo
Preço: R$ 9,90

Minha opinião: cerveja de estilo belgian pale ale, coloração âmbar dourado, aroma com lúpulo bem presente, floral e cítrico. No paladar o lúpulo aparece novamente, trazendo refrescância, o que com seu corpo leve dá à cerveja uma boa drinkability. O final é também lupulado, com o malte caramelado aparecendo suavemente. Bom conjunto e equilíbrio.

Links: 

domingo, 17 de agosto de 2014

Baden Baden 15 Anos

Hoje o Marcos e eu tomamos juntos esta Baden Baden:


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 6,7% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja puro malte forte tipo Heller Bock
Ingredientes: água, malte, lúpulo e antioxidante INS 316.
Recipiente: garrafa (600 mL)
Vai bem com: "carne de porco, eisbein (joelho de porco), pancetta, bisteca, salsichas e embutidos, queijos gouda, gruyère, parmesão e grana padano."
Onde foi comprada: Pão de Açúcar da rua Prof. Serafim Orlandi, São Paulo.
Preço: R$14,90

Nossa opinião: no copo, líquido âmbar e translúcido, com espuma cremosa e perene. O cheiro é adocicado, lembrando frutas passas. No gole, fica bem evidente o sabor doce (chegando a ser exagerado) e o álcool. O lúpulo fica meio escondido (o que é decepcionante, porque uma das características anunciadas na embalagem é o lúpulo brasileiro, o que nos faz esperar um aroma e sabor bem lupulados) e o amargor fica mais por conta da secura do álcool competindo com o adocicado exagerado do malte. Sem surpresas no retrogosto também.

Quando começamos a bebê-la, ela já não estava muito gelada (a temperatura sugerida para serviço é entre 4° C e 6° C). Imagino que se tivéssemos começado com ela gelada e ela fosse esquentando ao longo da degustação, de início pareceria meio insossa, sem muito aroma de frutas e com álcool mais difícil de detectar, mas de qualquer forma depois teríamos a decepção de sentir apenas doçura e álcool ocultando qualquer outra possível nuance, que foi o que aconteceu logo de cara.

No geral, é uma cerveja com poucas e exageradas características. Não é complexa ― ou talvez nós é que estejamos mal acostumados por outros rótulos e produtores (ou ambos). Esperávamos mais de um rótulo comemorativo de uma boa cervejaria. Eu particularmente acho que teria sido melhor se a Chocolate Beer fosse rotulada como edição de aniversário no lugar desta.

Links:


Obs.: atenção especial à avaliação de Omidi Toge na página do Brejas. Li outros reviews na internet e no próprio Brejas e a impressão que me deu é a de que poucos têm "coragem" para falar mal da Baden Baden por ela ser uma cervejaria bem estabelecida no mercado brasileiro ou mesmo por terem pouca acurácia na degustação e confiarem demais numa marca que tem boa imagem.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Paulistânia Escura


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 5,6% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja Puro Malte Extra Escura Lager Premium
Ingredientes: água, malte, lúpulo, estabilizante INS 405 e antioxidante INS 316.
Recipiente: garrafa (600 mL)
Vai bem com: carnes vermelhas, defumados, sobremesas doces.
Onde foi comprada: Gillan's Inn English Rock Bar, São Paulo.
Preço: R$13,00

Minha opinião: líquido avermelhado e levemente opaco, com espuma bege, razoavelmente cremosa e durável. Li várias opiniões dizendo que predominam aroma e sabor de chocolate, café e caramelo, com torrefação presente. Para mim, o aroma é doce, lembrando frutas passas. No sabor as impressões do aroma se amplificam e aparece um tímido amargor, uma mistura de malte torrado e lúpulo que logo vai embora. A textura é boa: possui a leveza típica das lagers e carbonatação adequada. O retrogosto é bem pouco amargo e também lembra passas. É um conjunto agradável, mas o dulçor se sobressai muito.

Possui boa drinkability mas, no geral, é uma bebida com pouca complexidade, que logo de cara já mostra quem é e não traz grandes surpresas ao longo da experiência.

Links:
Brejas.com.br: Paulistânia Escura
Bier Wein: Paulistânia