quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sul Americana


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 5,0% vol.
Descrição na lata: cerveja puro malte extra tipo pilsen
Ingredientes: água, malte, lúpulos, antioxidante INS 316, estabilizante INS 405.
Recipiente: lata (269 mL)
Vai bem com: "petiscos em geral, defumados, embutidos e castanhas, além do tradicional churrasco."
Onde foi comprada: Coop Ribeirão Pires
Preço: R$2,99

Minha opinião: no copo, forma espuma amarela clara e cremosa, de média duração, sobre o líquido translúcido e dourado. O aroma é suave, lupulado e levemente herbal. O sabor é também suave, levemente amargo, com um traço azedinho no final e presença de malte.

Por algum motivo, sempre fui simpática à Sul Americana. Ela me parece uma boa cerveja para acompanhar algum petisco num dia quente, mas infelizmente nunca achei nenhum vasilhame que não contivesse DMS. A versão em lata tem bem pouco, mas a quantidade nas garrafas que já tomei é insuportável.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Old Tom with Chocolate


Procedência: Inglaterra
Teor alcoólico:  6,0% vol.
Descrição no rótulo de importação: cerveja tipo ale com chocolate refermentada na garrafa.
Ingredientes: água, malte, lúpulo e leveduras.
Recipiente: garrafa (330 mL)
Vai bem com: frutas secas, sobremesas doces.
Onde foi comprada: Pão de Açúcar da rua Prof. Serafim Orlandi, São Paulo.
Preço: R$12,79

Minha opinião: forma espuma bege, consistente, que se transforma numa fina camada perene após alguns minutos. O líquido é translúcido e avermelhado. O aroma é leve, doce, uma mistura de mel e chocolate. O sabor é amargo, tostado e achocolatado. O final é suave, pouco amargo.

Esta foi a primeira vez que tomei a Old Tom with Chocolate e esperava algo como a Young's Double Chocolate Stout, mas me enganei. O chocolate presente também é de boa qualidade, feito por Simon Dunn, mas ela é mais suave, com aromas e sabores mais delicados. Se isso é bom ou  ruim, é uma opinião que varia de pessoa para pessoa. Eu, particularmente, prefiro cervejas mais encorpadas como a Young's, mas os apreciadores de cervejas mais leves devem achá-la melhor (tanto que a Old Tom Strong Ale, base para esta cerveja, ganhou o World Beer Award como World's Best Ale de 2009).

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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Eisenbahn Oktoberfest


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 5,5% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja puro malte extra tipo Oktoberfest.
Ingredientes: água, malte e lúpulo.
Recipiente: long neck (355 mL)
Vai bem com: "pratos da culinária alemã, como salsichas e joelho de porco"
Onde foi comprada: Pão de Açúcar da Rua Prof. Serafim Orlandi, São Paulo.
Preço: R$5,69

Minha opinião: cerveja cor de âmbar, meio acobreada, translúcida. No copo, forma espuma amarela clara, densa e persistente, que desprende um aroma lupulado e torrado. O sabor segue o aroma, com um leve traço de caramelo. Lembra algo entre a 5 Anos e a Pale Ale também da Eisenbahn. O final é discreto, seco.

Esta cerveja foi um achado, uma das últimas na prateleira do mercado. Feita para a Oktoberfest, acho que, apesar de boa, tem menos drinkability que a Paulaner Oktoberfest, que tomei ontem. É menos alcoólica, mas acho que pesa mais, talvez por ser mais carregada em aroma e sabor. É uma cerveja mais para ser degustada e menos para ser tomada em festival, em minha opinião.

Links:

Paulaner Oktoberfest Bier

Sábado o Melfra veio pra São Paulo e trouxe uma lata dessas. O Marcos e eu tomamos ontem:


Procedência: Alemanha
Teor alcoólico: 6,0% vol.
Descrição na lata: Cerveja especial
Ingredientes: água, malte de cevada, lúpulo e extrato de lúpulo.
Recipiente: lata (1.000 mL)
Vai bem com: salsichas, carnes e verduras refogadas

Minha opinião: cerveja dourada, levemente opaca. No copo, forma um creme branco e medianamente denso com longa duração. É leve, um pouco amarga. Paladar longo sem ser enjoativo.

Nunca havia experimentado uma Oktoberfestbier, por isso me surpreendi por ela ser diferente das outras cervejas da Paulaner que já tomei (Hefe-Weißbiers Naturtrüb e Dunkel), a começar por ser uma lager. Ela é visivelmente feita para ser tomada em grande quantidade nas festas mas, diferente da maioria das lagers nacionais feitas com esse propósito, não abre mão da qualidade. Gostei bastante. :)

terça-feira, 16 de outubro de 2012

St. Gallen Stout Porter


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 8,0% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja forte escura porter.
Ingredientes: água, maltes e lúpulos.
Recipiente: garrafa (750 mL)
Vai bem com: pães, biscoitos, sobremesas doces etc.
Onde foi comprada: Coop Ribeirão Pires
Preço: R$17,55

Minha opinião: é uma das cervejas mais bonitas que já tomei. O vasilhame é bastante elegante, lembrando o de certos vinhos:


No fundo da garrafa fica uma camada de leveduras, que dão à cerveja um aroma de pão que acabou de sair do forno, misturado com chocolate. O creme é pouco denso, de curta duração, que após alguns segundos forma uma fina camada perene sobre o líquido âmbar escuro e bastante opaco. O sabor é complexo: uma mistura de chocolate, caramelo e levedura. Apesar de ter bastante álcool, este é muito bem inserido, bem pouco perceptível. O final é levemente azedo, e o paladar é duradouro.

No geral, achei que é uma cerveja encorpada e equilibrada. Ótimo custo-benefício, recomendo.

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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Paulaner Hefe-Weißbier Dunkel


Procedência: Alemanha
Teor alcoólico: 5,3% vol.
Descrição no rótulo de importação: cerveja de trigo extra escura.
Ingredientes: água, malte de trigo, malte de cevada, levedura e lúpulo.
Recipiente: garrafa (500 mL)
Vai bem com: carnes vermelhas em geral, grelhadas ou defumadas.
Onde foi comprada: Adega Corradini, São Paulo.
Preço: R$9,00

Minha opinião: cor marrom, meio alaranjada, muito opaca, com espuma amarela clara e duradoura. Tem aroma adocicado, lembrando chocolate e toffee. O sabor é um misto do amargor de torrefação e do leve azedo da levedura, com a textura das weiss. O final é pouco pronunciado, acho que até discreto demais para o que eu esperava.

No geral, achei que é uma cerveja razoável. Não encontrei algo que efetivamente contasse pontos negativos, mas também nada que contasse pontos positivos. Falta um diferencial.

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domingo, 23 de setembro de 2012

Schöfferhofer Hefeweizen Naturtrüb


Procedência: Alemanha
Teor alcoólico: 5,0% vol.
Descrição no rótulo de importação: cerveja de trigo
Ingredientes: água, malte de cevada, malte de trigo, lúpulo e levedura.
Recipiente: garrafa (500 mL)
Vai bem com: frutas, sobremesas doces, frutos do mar e saladas.
Onde foi comprada: Adega Corradini, São Paulo.
Preço: R$7,50

Minha opinião: bastante opaca, forma creme denso e duradouro. Tem aroma de especiarias e principalmente de banana, como é comum nas weiss. O sabor tem levedura bastante presente, com final mais azedinho.

Não acho que seja uma cerveja ruim. No entanto, achei meio fraca, talvez porque minha referência para o estilo seja a Erdinger Weißbier. Em comparação com ela, a Schöfferhofer é suave demais, menos espessa e com aroma e sabor menos complexos. 

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Quilmes


Procedência: Argentina
Teor alcoólico: 4,9% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja de baixa fermentação.
Ingredientes: água, malte, adjuntos cervejeiros, lúpulo, antioxidante E224.
Recipiente: garrafa (970 mL)
Vai bem com: frutos do mar, saladas, queijos de massa filada etc.
Onde foi comprada: Coop Ribeirão Pires
Preço: R$7,99

Minha opinião: a Quilmes é uma cerveja translúcida e cor de palha. Forma uma espuma branca e de curta duração quando servida. O aroma é bem suave e fresco. O sabor é tão suave que chega a ser aguado. O final é seco e levemente metálico.

No geral, achei que é bem parecida com as lagers nacionais, mas com preço mais alto. É interessante comprar uma vez ou outra, mas não vale a pena para o dia a dia.

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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Baden Baden Stout


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 7,5% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja puro malte forte escura tipo stout.
Ingredientes: água, malte, extrato de malte, lúpulo, estabilizante INS 405 e antioxidante INS 316.
Recipiente: garrafa (600 mL)
Vai bem com: frutos do mar, carnes vermelhas, embutidos e pratos apimentados.
Onde foi comprada: Coop Ribeirão Pires
Preço: R$11,59

Minha opinião: líquido totalmente opaco, bem escuro, encimado por um creme bege que desprende o aroma característico das stouts: chocolate e café. Na boca, o sabor segue o aroma, com o amargor do malte tostado marcando presença. O final tem um azedinho de levedura.

É uma cerveja mais encorpada do que as stouts irlandesas, como a Murphy's e a Guinness. No geral, gosto dela mas acho que, se for para comprar algo desse estilo, que seja uma dessas duas. O custo-benefício da Baden Baden não compensa, em minha opinião.

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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Diabólica India Pale Ale

No dia 3 de setembro de 2011, por volta das 21h, eu estava tomando uma Palm Royale e comentando sobre ela no Twitter. Recebi do Marcos a sugestão de criar um blog sobre cerveja e gostei da ideia.

Agora, para comemorar o primeiro aniversário do 1001 Cervejas, nada mais justo do que um post sobre uma que ele me deu de presente há algumas semanas:


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 6,66% vol.
Descrição no rótulo: cerveja forte escura tipo India Pale Ale.
Ingredientes: água, malte e lúpulo.
Recipiente: garrafa (310 mL)
Vai bem com: carnes, verduras e legumes apimentados.
Onde foi comprada: Armazém da Serra, Mercado Municipal de Curitiba.

Minha opinião: logo ao abrir a garrafa, já veio o aroma caramelado. No copo, formou uma espuma amarela, densa e bastante duradoura sobre o líquido levemente opaco e acobreado. O sabor tem o amargor típico das pale ale em conjunto com as notas açucaradas do malte. Tem ainda traços bem leves de mel e especiarias. O retrogosto traz um amargor de malte torrado.

É uma cerveja equilibrada em sabores e aromas, não é pesada nem agressiva ao paladar. Um dos melhores presentes que ganhei este ano, sem dúvida. :)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Eisenbahn 10 Anos


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 7,2% vol.
Descrição no rótulo: cerveja forte clara tipo Doppel Bock
Ingredientes: Chopp Eisenbahn (água, malte e lúpulo), açúcar e antioxidante INS 220.
Recipiente: garrafa (375 mL)
Vai bem com: carnes adocicadas e/ou defumadas, refogas etc.
Onde foi comprada: Pão de Açúcar da Rua Prof. Serafim Orlandi, São Paulo.
Preço: R$18,90

Minha opinião: o líquido é opaco de cor âmbar. No copo, forma creme denso e de longa duração, que desprende um aroma doce e cítrico. O sabor tem um azedinho característico, onde o dulçor do malte e o amargor do lúpulo aparecem de leve, bem como um leve amadeirado (segundo o rótulo, ela é filtrada com lascas de carvalho). O final é suave sem ser aguado: marca o paladar, mas não chega a ser incômodo.

No geral, achei que é uma cerveja boa, complexa no sabor e no aroma, com ótimo custo-benefício. Acredito que muitos não gostarão dela pelo fato de fugir um pouco ao estilo em que se classifica e por chegar a ser desequilibrada, com as notas frutadas e amadeiradas chegando a encobrir as nuances esperadas de lúpulo e principalmente malte. Eu, particularmente, gostei. :)

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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Kirin Ichiban


Procedência: Japão (produzida nos EUA)
Teor alcoólico: 5,0% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja importada.
Ingredientes: água, malte de cevada, lúpulo, levedura, amido de milho e arroz.
Recipiente: long neck (355 mL)
Vai bem com: comida japonesa em geral. 
Onde foi comprada: Japan House, São Bernardo do Campo.
Preço: R$9,40

Minha opinião: tem uma cor dourada clara, translúcida. Forma creme branco, de curta duração, que desprende um aroma agradável, fresco e ao mesmo tempo doce. No paladar, o amargor do lúpulo fica em segundo plano. O arroz aparece bem de leve. O final é bastante suave, mas sem ser aguado.

No geral, é uma cerveja equilibrada, deve agradar a quem gosta do estilo. Quando cheguei em casa e vi no rótulo que a validade estava chegando ao fim, já fui esperando uma lager cheia de DMS, com má formação de espuma etc., mas me surpreendi: ela se apresentou em ótimas condições, muito melhores do que as de outras cervejas mal armazenadas que já comprei. Acompanhou muito bem uma porção de gyoza com shoyu e wasabi. :)

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terça-feira, 10 de julho de 2012

Bavaria 8.6 Red


Procedência: Holanda
Teor alcoólico: 7,9% vol.
Descrição na lata: Special Red Beer
Ingredientes: água mineral natural, malte de cevada, trigo e lúpulo.
Recipiente: lata (500 mL)
Vai bem com: sobremesas doces, saladas de frutas.
Onde foi comprada: Asgard Pub, Santo André.
Preço: R$12,90

Minha opinião: no copo, formou uma espuma densa, amarela clara e bastante persistente, sobre um líquido vermelho escuro translúcido. O aroma é predominantemente de cereja em calda com traços de caramelo, assim como o sabor. A textura é muito parecida com a da irmã 8.6 Blond, encorpada. O álcool é um pouco evidente, mas nada que prejudique a experiência. Tanto no sabor quanto no aroma, o lúpulo é bem tímido, por isso o final quase não é amargo.

É uma boa cerveja para quem gosta de bebidas doces, mas pode ser enjoativa para quem prefere as mais amargas. Ótimo custo-benefício para os que, como eu, fazem parte do primeiro grupo.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Paulaner Hefe-Weißbier Naturtrüb


Procedência: Alemanha
Teor alcoólico: 5,5% vol.
Descrição no rótulo: cerveja.
Ingredientes: água, maltes de trigo e cevada, levedura, lúpulo.
Recipiente: garrafa (500 mL)
Vai bem com: frutas, sobremesas doces, frutos do mar e saladas.
Onde foi comprada: Extra Mauá Plaza Shopping
Preço: R$9,89

Minha opinião: uma das weiss mais escuras que já tomei, mais até do que a Erdinger Urweisse. A cor é bem parecida com a da foto, âmbar, bastante opaca. A espuma é densa, amarela clara, e persistente. O sabor é muito agradável, bem pouco agressivo, apesar de o álcool aparecer um pouco mais do que nas "concorrentes". O amargor é quase imperceptível. Tanto no aroma quanto no sabor, o que mais aparece são traços de banana e um pouco do azedinho característico da levedura, principalmente no final.

Esta foi a primeira Paulaner que tomei. Não surpreendeu muito, a não ser pela cor. Mas é uma boa cerveja, equilibrada, saborosa e aromática, com bom custo-benefício.

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domingo, 3 de junho de 2012

Petra Schwarzbier


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 6,2% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja preta forte de baixa fermentação, com álcool.
Ingredientes: água, malte de cevada, cereais não malteados, carboidratos, lúpulo, corante de caramelo (INS 150c),  antioxidante INS 316 e estabilizante INS 405.
Recipiente: garrafa (500 mL)
Vai bem com: carnes vermelhas em geral, grelhadas ou defumadas.
Onde foi comprada: Coop Ribeirão Pires
Preço: R$7,89

Minha opinião: forma uma espuma bege muito bonita, de média–longa duração, sobre um líquido marrom escuro bastante opaco. O aroma, suave demais, deixou um pouco a desejar, na minha opinião. O sabor tem início doce, lembrando chocolate e café. O final é mais amargo, com um quê metálico.

Esta é a segunda vez que provo a Petra Schwarzbier. A primeira experiência foi com o barril de 5 L. Nessa versão, a cerveja apresentou-se mais cremosa e mais aromática. Na garrafa de vidro, reforço a opinião que dei no post da Eisenbahn Dunkel: é boa, mas o custo-benefício não vale a pena.

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terça-feira, 29 de maio de 2012

Edelweiss Hefetrüb Weißbier


Procedência: Áustria
Teor alcoólico: 5,3% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja de trigo
Ingredientes: água, malte de trigo, malte de cevada, lúpulo e levedura.
Recipiente: garrafa (500 mL)
Vai bem com: frutas, sobremesas doces, frutos do mar e saladas.
Onde foi comprada: Carrefour da Rua Oratório, Santo André.
Preço: R$9,79

Minha opinião: no copo, líquido dourado escuro e opaco. Espuma amarela clara e cremosa, de média duração, que vira uma fina camada perene sobre a cerveja após alguns minutos. O aroma é suave e agradável, docinho. A Edelweiss surpreendeu no sabor: mais carbonatada e mais amarga que as weissbiers comuns. As notas de banana e especiarias aparecem, mas em menor quantidade do que eu esperava. O final é relativamente seco e o retrogosto é longo, com presença do azedinho da levedura.

Esta foi a primeira vez que provei a Edelweiss e gostei bastante. É uma cerveja com custo médio e diferente das weiss "canônicas", como a Erdinger. Recomendo. (:

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sábado, 26 de maio de 2012

Eisenbahn Pilsen


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 4,8% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja puro malte tipo pilsen.
Ingredientes: água, malte e lúpulo.
Recipiente: long neck (355 mL)
Vai bem com: "peixes delicados, crustáceos, queijos leves e comidas condimentadas.
Onde foi comprada: Coop Ribeirão Pires
Preço: R$4,49

Minha opinião: líquido dourado escuro, translúcido, com pouca espuma branca e de média duração. Tem aroma bem suave de lúpulo e sabor igualmente suave, com amargor predominante. O malte aparece mais pro final, evitando assim que o retrogosto seja agressivo ou aguado.

Gostei da Eisenbahn Pilsen quase tanto quanto da Natural; acho que só ficou para trás em relação ao aroma, mais fraco do que o esperado. Ambas são também boas alternativas a quem quiser tomar uma lager diferente das de maior saída nos mercados mas que não venham carregadas de DMS (minhas últimas experiências, com uma Sul Americana e uma Therezópolis Gold, não foram muito agradáveis por isso) e com preço acessível (as cervejas em long neck da Eisenbahn normalmente custam entre R$4,00 e R$6,00 nos mercados e até R$15,00 nos bares).

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Therezópolis Gold


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 5,0% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja puro malte tipo lager premium.
Ingredientes: água, malte, lúpulo, antioxidante INS 316 e estabilizante INS 405.
Recipiente: garrafa (600 mL)
Vai bem com: frutos do mar, saladas, queijos de massa filada etc.
Onde foi comprada: Extra Mauá Plaza Shopping
Preço: R$6,99

Minha opinião: cerveja bonita, dourada clara, translúcida, encimada por uma espuma branca, pouco densa e com curta–média duração. Aroma gostoso de lúpulo ― infelizmente misturado com um pouco de DMS ― logo ao abrir a garrafa. O sabor é bem suave, quase aguado: pouco ou nenhum amargor, com carbonatação média. Nos primeiros goles, senti um toque metálico no final. O retrogosto dela é bem discreto.

Percebe-se que esta é uma cerveja de pouca complexidade, para ser tomada bem gelada, acompanhando um churrasco ou alguma porção. Acho que a Therezópolis Gold está um pouco acima da média das cervejas lager que encontramos nos mercados para esta finalidade, mas não tem um custo-benefício bom. Exemplo: hoje a Heineken, no mesmo mercado, estava custando pouco mais de R$6,50 por litro, na versão long neck, enquanto que a Therezópolis, nesta versão 600 mL, sai por mais de R$11,00/L. Isso falando só de preço. A qualidade é algo mais subjetivo, mas eu, particularmente, não a compraria como "arroz-e-feijão".

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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Baden Baden Bock


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 6,5% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja forte escura tipo bock.
Ingredientes: água, malte, açúcar mascavo, extrato de malte, lúpulo, estabilizante INS 405 e antioxidante INS 316.
Recipiente: garrafa (600 mL)
Vai bem com: "carnes vermelhas, pratos com funghi e queijos como gorgonzola e parmesão."
Onde foi comprada: Coop Ribeirão Pires
Preço: R$10,99

Minha opinião: no copo, forma boa espuma bege, que após alguns minutos deixa uma camada perene sobre o líquido marrom bem escuro. O aroma é predominantemente doce, com um quê de torrefação. O sabor me lembrou levemente chocolate amargo e toffee. O final é suave, sem ficar marcado no paladar por muito tempo.

As cervejas bock são conhecidas como cervejas de inverno, para serem tomadas mais quentes e para "encherem a barriga", ou seja, sustentarem a gente no frio. Para representar com muita fidelidade o estilo, só faltou esta Baden Baden ser mais encorpada. Normalmente as outras são tomadas a mais ou menos 10° C, mas a temperatura de serviço recomendada para este rótulo é de 5° a 7° C, justamente por ser mais suave e mais próxima das cervejas de baixa fermentação do que suas similares. 

Conclusão: a Baden Baden é uma boa cerveja, equilibrada em seu conjunto. Mas, para quem quer uma bock mais "legítima", não é a ideal.

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domingo, 22 de abril de 2012

Anderson Valley Brother David's Triple


Procedência: Estados Unidos da América
Teor alcoólico: 10% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja ale de abadia.
Ingredientes: água, malte, lúpulo e levedura.
Recipiente: garrafa (650 mL)
Vai bem com: carnes magras e temperadas, conservas e saladas.
Onde foi comprada: Asgard Pub, Santo André.
Preço: por volta de R$45,00

Minha opinião: no copo, forma espuma densa, levemente amarelada, de média duração. Líquido avermelhado, um pouco opaco. Tem um aroma fresco, com notas de caramelo que lembram a Murphy's Irish Red. O álcool é bastante presente tanto no aroma quanto no sabor, chegando a ser mal inserido. O sabor tem predominância de dulçor e álcool, o que infelizmente deixa um pouco de lado outros traços da bebida. O final é bastante longo.

A Anderson Valley procurou reproduzir o estilo típico das abadias belgas, mas há certas "falhas". As trippel normalmente possuem um conjunto complexo de aromas e sabores, e nisso a Brother David's erra um pouco a mão. O álcool e o açúcar em evidência encobrem o conjunto, o que a torna desequilibrada. 

No Brasil é normalmente vendida na faixa de R$40–R$55. Por este preço, acredito que a brasileira Wäls Trippel e as belgas Tripel Karmeliet e Westmalle Tripel tenham um custo-benefício melhor.

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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Colorado Vixnu


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 9,5% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja escura forte ― I.P.A. Imperial
Ingredientes: água, malte de cevada, açúcar de origem vegetal, lúpulo e fermento.
Recipiente: garrafa (600 mL)
Vai bem com: queijos azuis e carnes suaves, como cordeiro, vitela etc.
Onde foi comprada: Asgard Pub, Santo André.
Preço: R$25,00

Minha opinião: creme clarinho, quase branco, persistente, sobre um líquido acobreado. O aroma é frutado e muito fresco, com lúpulo evidente. No sabor, o malte aparece trazendo equilíbrio para o lúpulo. O final é muito longo.

A Vixnu é uma cerveja encorpada, que se impõe do início ao fim, mas não é grosseira. Tem detalhes delicados, como os traços de acidez no aroma e o ótimo contraponto entre a secura aromática do lúpulo e o dulçor e corpo do malte associados ao açúcar mascavo; tudo isso faz dela uma bebida equilibrada que recomendo a todos que gostam de boa cerveja.

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Chimay Red Cap


Procedência: Bélgica 
Teor alcoólico: 7% vol.
Descrição no rótulo de importação: Cerveja tipo ale.
Ingredientes: água, malte, lúpulo, polpa de fruta e leveduras.
Recipiente: garrafa (330 mL)
Vai bem com: carnes fortes e legumes com molhos picantes e/ou salgados.
Onde foi comprada: Asgard Pub, Santo André.
Preço: R$17,90

Minha opinião: forma uma espuma amarelada, bastante encorpada. O líquido é ligeiramente turvo, vermelho escuro. Tem um aroma bem frutado, com notas evidentes de banana e algo cítrico, com traços de torrefação. O sabor é equilibrado, nem doce nem amargo demais, seguindo as nuances do aroma. O final é bem seco e duradouro.

É classificada no mesmo estilo que a Leffe Brune, mas não associei uma à outra imediatamente. Acho que a Chimay Red é mais fiel ao estilo, uma dubbel menos agressiva e mais complexa.

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terça-feira, 10 de abril de 2012

Birra Moretti


Procedência: Itália
Teor alcoólico: 4,6% vol.
Descrição no rótulo de importação: Cerveja Tipo Lager.
Ingredientes: água, malte, cereais não maltados e lúpulo.
Recipiente: long neck (330 mL)
Vai bem com: frutos do mar, saladas, queijos de massa filada etc.
Onde foi comprada: Carrefour da Rua Oratório, Santo André.
Preço: R$4,90

Minha opinião: no copo, forma uma espuma branca, alta e de média–longa duração. O líquido é dourado translúcido, bonito. O aroma é gostoso, bem fresco. O sabor também, com final até que bem seco.

Esta é a segunda vez que tomo a Moretti. Minha opinião sobre ela é a de que é na Itália o que são a Heineken nos Países Baixos e a Stella na Bélgica: não é uma bebida que se destaca porque, apesar de não ter defeitos aparentes, tampouco tem qualidades únicas. Ela cumpre seu papel de cerveja leve, refrescante e agradável de se beber.

Aqui no Brasil, onde se anda vendendo o arroz-com-feijão de outros países como se fosse o suprassumo das cervejas, ela até tem cara de sofisticada, mas eu a vejo como uma lager comum com custo-benefício alto. Vale pela experiência, mas não é algo que eu compraria com frequência quando há outras opções semelhantes ou melhores e com preços mais baixos.

sábado, 24 de março de 2012

Eisenbahn Rauchbier


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 6,5% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja puro malte forte escura tipo Rauchbier.
Ingredientes: água, malte e lúpulo.
Recipiente: long neck (355 mL)
Vai bem com: "carnes assadas, peixes defumados e carnes defumadas."
Onde foi comprada: Carrefour da Rua Oratório, Santo André.
Preço: R$4,25

Minha opinião: no copo, forma uma espuma densa e amarelada, que forma uma fina camada perene após alguns minutos. O líquido é vermelho escuro translúcido. O aroma é suave, lupulado e tostado, um pouco doce. O sabor é mais seco do que doce, do início ao fim, com maltes e lúpulo aparecendo bem. O final é longo, mas discreto. 

No geral, achei que ela lembra mais uma pale ale do que uma rauchbier, talvez pelos aromas e sabores mais intensos das ales, mas ainda com o corpo mais leve das lagers. Eu esperava aroma e sabor com mais presença de torrefação. Isso não chega a fazer dela uma cerveja ruim, mas faz com que não seja uma representante muito fiel do estilo.

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quinta-feira, 22 de março de 2012

Hoegaarden


Procedência: Bélgica
Teor alcoólico: 4,9% vol.
Descrição no rótulo de importação: cerveja de trigo.
Ingredientes: água, malte de cevada, trigo, especiarias, lúpulo.
Recipiente: long neck (330 mL)
Vai bem com: frutos do mar, saladas e omeletes.
Onde foi comprada: Carrefour da Rua Oratório, Santo André.
Preço: R$5,49

Minha opinião: cerveja dourada bem clara, quase cor de palha, bem opaca, coroada por um creme branquinho, que desprende um aroma fresco, lupulado e cítrico que me lembrou o da DeuS, mas em menor intensidade. No sabor, o azedinho característico da laranja, com o coentro aparecendo discretamente. O final tem média duração, suave sem ser aguado.

A Hoegaarden é uma das minhas cervejas preferidas. É uma boa alternativa de trigo para as clássicas weissbiers, mais espessas e alcoólicas, e com aroma normalmente de banana. Ela é leve, refrescante e bem aromática devido aos seus temperos que lhe conferem um toque único. Ótima para acompanhar refeições leves como frutos do mar e saladas de folhas ou mesmo pratos mais pesados, como carnes vermelhas, pela acidez.

Foi um prazer reencontrá-la depois de vários meses na prateleira do Carrefour. E, desta vez, com rótulo (e preço) novo:

Rótulo novo à direita

Links:

quinta-feira, 15 de março de 2012

Eisenbahn Kölsch


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 4,8% vol.
Descrição no rótulo: Cerveja tipo Kölsch
Ingredientes: água, malte de cevada, malte de trigo e lúpulo.
Recipiente: long neck (355 mL)
Vai bem com: "ostras, salmão, lagosta, camarão, peixes delicados e omeletes."
Onde foi comprada: Carrefour da Rua Oratório, Santo André.
Preço: R$3,95

Minha opinião: à primeira vista, parece uma pilsen. O líquido dourado, claro e translúcido, é encimado por uma espuma branca e de curta–média duração. O aroma é pouco lupulado, mas ainda assim fresco. O sabor também é pouco lupulado, com o malte aparecendo um pouco mais que o lúpulo; quase não há amargor. O retrogosto é agradável, bastante suave, sem muita duração.

Esta é a segunda vez que a tomo e, infelizmente, senti um pouco de DMS nela. Da primeira vez não tive esse problema, o que me deu a oportunidade de apreciá-la melhor. Como nunca experimentei outro rótulo do mesmo estilo, não sei dizer se ela atende ou não às expectativas de quem a compra esperando uma autêntica representante. Porém, ao ler "malte de trigo", pensei que encontraria uma cerveja mais encorpada e aromática, mas a experiência foi parecida com a de beber uma lager: líquido bem carbonatado, pouco denso. Uma cerveja leve e refrescante, sem grandes toques únicos, que foi muito bem com uma omelete e uma salada de folhas.

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Brejas.com.br: Eisenbahn Kölsch
Rei de Copos: Eisenbahn Kölsch

segunda-feira, 5 de março de 2012

Bishop's Finger


Procedência: Inglaterra
Teor alcoólico: 5,4% vol.
Descrição no rótulo: cerveja escura, forte.
Ingredientes: água, malte de cevada, lúpulo e levedura.
Recipiente: garrafa (500 mL)
Vai bem com: carnes magras, como coelho, faisão e pato.
Onde foi comprada: Pão de Açúcar da Av. Brigadeiro Luís Antônio, São Paulo.
Preço: R$14,90

Minha opinião: gostei muito. Forma um creme claro, um pouco amarelado, de curta–média duração, sobre um líquido cor de acaju muito bonito e translúcido. O aroma é complexo, bem lupulado, principalmente torrado e com algo que remete a madeira, mas não de madeira de lei, mais seca, e sim de "árvores doces" (principalmente frutíferas, com a seiva mais cheirosa). Eu, que esperava um sabor bem amargo, me surpreendi: o sabor em si é agradável, suave sem ser aguado, ligeiramente frutado, e seco no final. Existe um equilíbrio bom entre drinkability e amargor, com corpo leve e carbontação média–alta. O paladar é longo, sem ser muito discreto, mas também sem ser agressivo. Conclusão: é uma ótima cerveja, equilibrada em vários aspectos e com custo-benefício bom.

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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Wäls Quadruppel


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 11% vol.
Descrição no rótulo: cerveja forte escura ale.
Ingredientes: água, malte, lúpulo, carboidratos e levedura.
Recipiente: garrafa (375 mL)
Vai bem com: carnes magras, como faisão e capivara, pratos e doces com sabores herbais.
Onde foi comprada: Bar Asterix, São Paulo.
Preço: por volta de R$30,00

Minha opinião: primeira quadruppel que tomei. No copo, forma uma espuma densa e persistente, levemente marrom, sobre o líquido vermelho escuro e opaco.  Achei até que tem uma certa perlage (apesar de que nesta hora já havíamos bebido o suficiente para o meu julgamento estar no mínimo duvidoso, haha). O aroma é maravilhoso, provavelmente o mais herbal que já senti numa cerveja. O sabor é muito equilibrado, seco na medida certa, com paladar longo, e com álcool bastante presente. 

De todas as cervejas que tomamos nesse dia, acho que foi dela que eu mais gostei. Para mim, essa garrafinha charmosa com rolha contendo uma bebida tão boa foi um achado.

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Pauwel Kwak


Procedência: Bélgica
Teor alcoólico: 8,4% vol.
Descrição no rótulo: cerveja tipo ale.
Ingredientes: água, lúpulo e malte de cevada
Recipiente: long neck (330 mL)
Vai bem com: frutos do mar, pratos condimentados, embutidos, queijos duros.
Onde foi comprada: Bar Asterix, São Paulo.
Preço: por volta de R$30,00

Minha opinião: a primeira impressão que tive dela foi a de que seu aroma lembra o da Eisenbahn Weizenbock, com notas de cravo, como o Alexandre bem observou. O creme dela é incrivelmente persistente, tanto que ainda havia mais de um dedo de espuma após vários minutos, quando já tínhamos bebido quase metade da cerveja. O líquido é avermelhado, como mostra a foto, formando um conjunto muito bonito com a espuma cremosa e o repouso de madeira para o copo com as palavras "Op uw gezonheid" e "A votre sante" (respectivamente, neerlandês e francês para "À sua saúde") gravadas. A drinkability desta cerveja é ótima: o álcool é muito bem inserido, quase imperceptível. Tem um sabor mais maltado, com final médio, nem seco a ponto de ser desagradável nem suave a ponto de ser enjoativo.

Apesar de ser classificada no mesmo estilo que as também belgas Duvel, Delirium Tremens e da brasileira DaDo Bier Belgian, achei que, das que já provei, é a que tem características mais distantes das outras, pouco ácida, pouco frutada, pouco lupulada etc., mas, ainda assim, muito boa!

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Delirium Nocturnum


Procedência: Bélgica
Teor alcoólico: 8,5% vol.
Descrição no rótulo de importação: cerveja tipo ale.
Ingredientes: água, malte de cevada, lúpulo e levedura.
Recipiente: long neck (330 mL)
Vai bem com: carnes magras, como faisão e capivara, sobremesas doces de frutas vermelhas e chocolate.
Onde foi comprada: Bar Asterix, São Paulo.
Preço: por volta de R$30,00

Minha opinião: ótima cerveja. Forma uma espuma densa e amarelada, sobre o líquido marrom escuro e opaco. O aroma é predominantemente de frutas passas. O sabor também lembra passas, mas com algo a mais, acredito que chocolate e frutas vermelhas. O final é um pouco suave, e não muito longo. Achei que a experiência de bebê-la lembra um pouco a de beber um vinho meio-seco, um pouco envelhecido.

A Nocturnum é fermentada três vezes (com três tipos diferentes de levedura) e é feita com cinco tipo diferentes de malte, o que a torna uma cerveja encorpada e complexa. Eu, particularmente, gostei mais dela do que da irmã Delirium Tremens.

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Dama India Pale Ale


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 6,5% vol.
Descrição no rótulo: cerveja escura. 
Ingredientes: Água, malte, lúpulo e levedura.
Recipiente: garrafa (600 mL)
Vai bem com: "pratos de sabor forte como mariscos e caças".
Onde foi comprada: Pier 1327, São Paulo.
Preço: por volta de R$25,00.

Minha opinião: forma um creme bege de média-baixa duração, sobre um líquido avermelhado e transparente. O aroma é suave, não muito lupulado, com notas de mel e caramelo. O sabor é igualmente suave, maltado, com final doce e longo. 

É uma boa cerveja, primeiro rótulo da Dama Bier que eu experimentei, e gostei, apesar de que achei-a um pouco doce demais, chegando às raias de ser enjoativa.

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DaDo Bier Belgian Ale


Procedência: Brasil
Teor alcoólico: 8,5% vol.
Descrição no rótulo: cerveja puro malte.
Ingredientes: Água mineral, malte de cevada, lúpulo e fermento.
Recipiente: garrafa (600 mL)
Vai bem com: frutos do mar, pratos condimentados, embutidos, queijos duros.
Onde foi comprada: Pier 1327, São Paulo.
Preço: não me lembro, algo por volta de R$25,00.

Minha opinião: cerveja bonita, com espuma clara e não muito alta. O líquido é âmbar, um pouco acobreado, e levemente opaco. Tem um aroma complexo, caramelado, misturando frutas passas e cítricas. O sabor segue o aroma, com o álcool pouco aparente. O final é seco e bem marcado.

Apesar de gostosa e complexa, não é uma cerveja com drinkability muito alta. Eu não tomaria outra em seguida.

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

DeuS, Brut des Flandres


Procedência: Bélgica e França
Teor alcoólico: 11,5% vol.
Descrição no rótulo de importação: cerveja tipo ale (Bière de Champagne)
Ingredientes: água, cevada, lúpulo e fermento.
Recipiente: garrafa (750 mL)
Vai bem com: sobremesas doces, pães, queijos (p. ex. Camembert, Gruyère, Gouda e Provolone), massas com molho branco, carnes magras e frutos do mar.
Onde foi comprada: Mr. Beer do Shopping Pátio Paulista
Preço: R$179,90

Minha opinião: na taça, forma um creme alto, branco e de longa duração, sobre um líquido dourado claro, translúcido, com uma perlage (desprendimento de bolhas desde o fundo do copo) ótima. O aroma é complexo: predominantemente cítrico, com notas de maçã verde e algo meio pungente, como gengibre. Apesar de muito bem inserido, o álcool é intenso no sabor, assim como a carbonatação. O final é seco, um pouco picante, e alcoólico. Tudo nela lembra um verdadeiro champanhe: a garrafa, a taça de cristal, a efervescência, o álcool, os aromas.


A DeuS é produzida inicialmente na Bélgica, onde o mosto é fermentado pela primeira vez. Depois, passa pela primeira maturação, considerada uma segunda fermentação. A seguir, vai para a província de Champagne, no nordeste da França, onde é engarrafada e recebe açúcares e leveduras de vinho. A refermentação nessas garrafas é considerada uma terceira fermentação. Depois, passa por uma lenta maturação durante alguns meses. Nesse período, as garrafas são inclinadas gradualmente, até ficarem na posição vertical. Assim, quando a borra de leveduras fica no pescoço da garrafa, ela é congelada e retirada por pressão. Os volumes são repostos com cerveja já pronta e, por fim, a DeuS vai para sua garrafa definitiva, recebe a rolha e o rótulo e é vendida.

No Brasil, ela já foi vendida por preços que chegavam a R$300,00 mas, tanto em lojas físicas (paguei "só" R$179,90 por ela no Mr. Beer) quanto em lojas virtuais, parece que o rótulo está cada vez mais barato. No entanto, ainda que seja uma excelente e finíssima cerveja, não acredito que valha R$130,00–R$200,00. Existem outras cervejas excepcionais que custam menos de metade desse valor. É imperdível para quem gosta de cerveja? Sim. É algo que vale a pena beber com frequência? Não.

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Bacchus Frambozenbier


Procedência: Bélgica
Teor alcoólico: 5,0% vol.
Descrição no rótulo de importação: cerveja tipo fruit beer.
Ingredientes: água, malte de cevada e de trigo, framboesa, açúcar, lúpulo, edulcorante, antioxidante.
Recipiente: garrafa (375 mL)
Vai bem com: sobremesas doces e frutas frescas em geral.
Onde foi comprada: Mr. Beer do Shopping Pátio Paulista
Preço: por volta de R$40,00

Minha opinião: a primeira impressão que tive dela foi a de que lembra um vinho, tanto pela garrafa pesada com uma concavidade no fundo quanto pela cor castanho-avermelhada.

No copo, forma uma espuma baixa e de longa duração. O aroma predominante é o de framboesa, seguido do lúpulo. Mesma coisa no sabor, além de que nele o malte, apesar de discreto, contribui para um bom equilíbrio do conjunto. O final é um pouco azedo, típico de geleias e sucos de framboesa.

Esta foi a minha primeira fruit beer, portanto esta é uma humilde análise tanto do estilo quanto do rótulo. É uma ótima cerveja, mas que, a meu ver, não tem muita cara de cerveja, talvez pela predominância da fruta e por o malte e o lúpulo ficarem mais em segundo plano. Eu particularmente gosto bastante de aroma e sabor de frutas, mas quem prefere uma cerveja menos doce e/ou mais lupulada e maltada pode não gostar.

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pilsner Urquell


Procedência: República Tcheca
Teor alcoólico: 4,4% vol.
Descrição no rótulo de importação: cerveja clara tipo pilsen.
Ingredientes: malte, água, lúpulo e leveduras.
Recipiente: garrafa (500 mL)
Vai bem com: frutos do mar, saladas, queijos de massa filada etc.
Onde foi comprada: Mr. Beer do Shopping Pátio Paulista
Preço: R$20,90

Minha opinião: no copo, forma um creme branquinho e de média duração, sobre um líquido dourado e translúcido. O aroma é suave, lupulado, floral e principalmente herbal. O sabor também é leve, apesar de mais encorpado que as outras boas representantes do gênero, Czechvar e 1795. Tem um final amargo e de longa duração.

Esta é a pioneira do estilo pilsner e da família pale lager. Todas as cervejas pilsen seguem, por tabela, a sua receita. Fazia um tempo que eu estava querendo experimentá-la, mas infelizmete ela é outra que não exerceu 100% do seu potencial por conta de uma pequena quantidade de dimetilsulfureto. 

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Delirium Tremens


Procedência: Bélgica
Teor alcoólico: 8,5% vol.
Descrição no rótulo de importação: Cerveja tipo ale.
Ingredientes: água, malte de cevada, lúpulo e levedura.
Recipiente: long neck (330 mL)
Vai bem com: frutos do mar, pratos condimentados, embutidos, queijos duros.
Onde foi comprada: Mr. Beer do Shopping Pátio Paulista
Preço: R$25,90

Minha opinião: ao abrir, já vem o aroma delicioso. No copo, forma um creme bem alto e de longa duração. Conforme a espuma se desfaz, é possível apreciar o aroma complexo, com notas principalmente de banana e laranja. O líquido é dourado escuro e ligeiramente opaco. O sabor é maravilhoso: principalmente cítrico e alcoólico, forte na medida certa, sem ser desagradável. O final é um pouco seco, ficando o azedinho na boca por alguns minutos após cada gole.

A Delirium é classificada no mesmo estilo que a Duvel (golden strong ale), por isso acho que cabe uma pequena comparação: enquanto a Duvel é mais clara, ácida, mais carbonatada e mais leve, a Delirium é uma representante mais genuína do gênero, mais dourada, mais forte, encorpada e equilibrada. A Duvel é uma excelente cerveja, mas não é à toa que, em 1998, a Delirium foi considerada a melhor cerveja do mundo pelo World Beer Championship. 

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